O Congresso Internacional da Propriedade Intelectual é o principal evento em PI no Brasil que acontece todos os anos.
Este ano tive a oportunidade de assistir a vários painéis de interesse, mas o que me chamou atenção especial foi em relação ao painel a respeito da "Educação sobre PI: Iniciativas para Disseminação do Conhecimento sobre o Tema e Conscientização de sua Importância".
Este assunto é o grande foco de minha atuação profissional e me entusiasmou muito sobre a discussão do tema em um evento deste porte.
A professora Kone Prieto Furtunato Cesário (Professora efetiva de Direito Comercial e Propriedade Intelectual da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro), especificamente, abordou a inclusão de matérias de Propriedade Intelectual nas Universidades enfatizando a importância desta matéria em qualquer curso que tenha interlocução com PI, não só advogados.
Quando o assunto é patentes, é ainda mais importante que áreas técnicas, tecnológicas, de pesquisas e de aplicação industrial abordem o tema com profundidade, pois os profissionais técnicos estão diretamente envolvidos na busca por novas tecnologias, novas soluções de problemas técnicos ainda não resolvidos, pesquisas do estado da técnica dentro de suas atividades, entre outras atividades que o "olhar patentário" deve estar presente constantemente.
Com a preocupação da disseminação do conhecimento em PI, busca-se evitar o que percebemos no dia-a-dia da indústria nacional: a percepção da importância de investir em capital intelectual e sua proteção somente após perderem seus direitos.
O tema pode avançar ainda mais quando nos deparamos com necessidade de evitar conflitos com direitos de terceiros ou de empregar uma inteligência competitiva utilizando o monitoramento de patentes como estratégia.
Os profissionais técnicos são os mais indicados para estas atividades.